Produtores de chocolate do sul da Bahia aderem à campanha Páscoa Estendida

Chocolate do sul da Bahia
Maurício Maron

Nos últimos anos, os produtores de cacau do sul da Bahia – depois de muitos anos da sua mais grave crise - se reinventaram com a produção do chocolate de origem. Agora, tentam se reinventar novamente. Após uma Páscoa frustrante, comemoração que perdeu espaço na mesa do consumidor com o advento da pandemia do coronavírus, eles trabalham para aderir à campanha “Páscoa Estendida”. A campanha que começou em Belo Horizonte, já ganha amplitude nacional.

“A Páscoa nos oferece o sentimento da reflexão da vida. E nossa maior reflexão no momento é de como vamos nos reinventar a partir deste problema que afetou todo o mundo”, revela o produtor Henrique Almeida, dono da marca Sagarana. O movimento sugere que as pessoas não esqueçam dos pequenos produtores de cacau, que já começavam a ganhar destaque mundial pela qualidade do produto oferecido.

Henrique exemplifica. Ano passado uma única rede de Salvador comprou meia tonelada de chocolate da sua marca. Este ano, um novo pedido foi cancelado. “A Bahia faz chocolate tão bons quanto os importados. É importante a valorização do chocolate produzido no estado”, destaca Almeida. “A nossa cadeia produtiva se reinventou, fazendo chocolate de origem, temos mão-de-obra contratada e por que não a Bahia consumir o chocolate que é feito na Bahia?”, pergunta.